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Na reunião, representaram a categoria o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Maranhão (CRM), Abdon José Murad Neto; o presidente do Sindicato dos Médicos do Maranhão (Sindmed), Adolfo Silva Paraíso; o dirigente da Associação dos Médicos Plantonistas dos Serviços Públicos de Saúde de São Luís, Hérisson Mouzinho, entre entre outros profissionais, que relataram as condições de trabalho nas unidades de saúde.
Deputado Yglésio fez um resumo da situação ressaltando a desvalorização no que diz respeito, dentre outros fatores, aos valores pagos pelos plantões. Ele apresentou proposta a ser encaminhada formalmente à Comissão de Saúde da Assembleia, que consiste em reajuste na Lei Orçamentária Anual (LOA) da ordem de 25% para recomposição de perdas. “Só este ano, a inflação ultrapassou os 12%. Então, não chega a ser nem um reajuste”, justificou o parlamentar, que também é médico.
Tabela
Adolfo Silva disse que, há 11 anos, a tabela de valores não é reajustada e que está cada dia mais difícil um médico ser contratado e ter seus serviços pagos por um preço justo. “Os procedimentos licitatórios adotados pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh-MA) para a contratação só levam em conta o menor preço. Dessa maneira, o estado corre o risco de ficar sem prestadores de serviços nessa área”, denunciou.
Abdon Murad Neto fez um apelo à Comissão de Saúde. “Nós temos esperança de que a Assembleia Legislativa possa contribuir para encontrarmos uma solução para esse problema”, frisou.
Para Hérisson Mouzinho, é preciso que a classe política intervenha na questão. “Está cada dia mais difícil exercer a Medicina no Maranhão. Não temos mais segurança para trabalhar e somos vítimas de atitudes desrespeitosas por parte de alguns pacientes. Esperamos que o Poder Legislativo nos ajude apontando uma saída”, ressaltou.
Proposta
Antônio Pereira afirmou que a reunião foi necessária, produtiva e que a reivindicação é justa. “Discutiremos a proposta de reajuste com todos os setores do governo e com a Comissão de Orçamento da Casa para encontrarmos uma solução”, afirmou.
O deputado Carlinhos Florêncio disse que a Comissão de Saúde precisa aprofundar a discussão. “Estamos atentos ao que está acontecendo e vamos tomar providências. É realmente preocupante quando prevalece o menor preço na contratação de serviços na área da saúde”, frisou.
Fonte: ALMA