sábado, 16 de outubro de 2021

Ex-presidente diz a Lula que Weverton Rocha ‘não é de confiança’ e, VEJA a ascensão atípica patrimonial de Weverton Rocha e seus comparsas

Foto: Reprodução
Ex-presidente aconselhou petista a não fechar apoio ao pedetista para 2022. Segundo Sarney, o pré-candidato ao Palácio dos Leões levou na mesma semana para Barreinhas’ José Dirceu e Flávio Bolsonaro.

O ex-presidente José Sarney (MDB-MA) aconselhou o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a não fechar apoio ao senador Weverton Rocha (PDT) na disputa pelo Palácio dos Leões em 2022.

“Apoie qualquer um, menos esse menino aí, esse Weverton. Não é de confiança”, disse Sarney a Lula, segundo interlocutores de participantes da conversa ocorrida em agosto, durante passagem do petista pelo Maranhão em busca do fortalecimento de alianças para disputa presidencial contra Jair Bolsonaro (sem partido).

Ainda de acordo com interlocutores, em condição de anonimato, o conselho foi dado após o petista pedir orientação ao emedebista. A justificativa apresentada por Sarney é que Weverton, na busca “descontrolada” pelo comando do Poder Executivo estadual, tem “levado na mesma semana para Barreinhas” o ex-ministro José Dirceu (PT) e o filho 01 do presidente da República, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), em busca de aliança para a eleição do ano que vem.

“Qualquer um”, no caso, citados nominalmente por Lula ao perguntar a Sarney sobre quem apoiar no estado, tratam-se do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), sucessor e candidato de Flávio Dino (PSB) para o pleito, e o secretário de Educação Felipe Camarão, recém-filiado ao PT com objetivo específico de fortalecer Brandão, mas lançado na corrida pelo núcleo de conselheiros de Dino embora seja sem histórico no partido e na esquerda.

Cidade base para explorar e conhecer o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Barreirinhas é onde Weverton apareceu com uma luxuosa mansão, da noite para o dia, e tem reunido autoridades e agentes políticos para conversas sobre eleições e os Poderes.

Por que será?

Weverton Rocha,  triplicou seus bens em 4 anos, enquanto que Flávio Dino ficou mais pobre.

Em 2018, o governador e então pré-candidato a reeleição Flávio Dino declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 885.534,54 em bens. Em 2014, o seu patrimônio era de R$ 933.605,93. O vice Carlos Brandão (PRB) cadastrou seus bens no Divulga Cand Contas no valor de R$ 69.686,17. Em 2014 afirmou ter R$ 276.426,57 em posses.

O que chamou atenção foi que Brandão, segundo o que ele postou, o valor não dava para comprar uma casa e/ou um carro particular.

Enquanto que o pré-candidato a senador Weverton Rocha,  triplicou seus bens em 4 anos, em 2014, informou que teria R$ 325.760,07, e em 2018, ele informou que seus bens aumentaram para R$ 2.468.312,29


Weverton Rocha – EVOLUÇÃO PATRIMONIAL

2014 – R$ 325.760,07

2018 – R$ 2.468.312,29


O RECADO!☝


A mansão em Barreirinhas

Foto: Reprodução

A mansão de Weverton à beira do Rio Preguiças, em Barreirinhas, no Condomínio Mangaba às margens do Rio Preguiças em Barreirinhas, onde o senador maranhense comprou três casas e derrubou para, no lugar, levantar uma mansão avaliada em mais de R$ 5 milhões. 

Trata-se de um dos empreendimentos mais luxuosos do Maranhão. Apenas uma poltrona adquirida por Weverton para enfeitar a mansão custou mais de R$ 100 mil

A origem de tanto dinheiro é um verdadeiro mistério… Tendo em vista que não consta em sua declaração anterior de patrimônio.


O Sócio

Foto: Reprodução
Sócio de rede de postos tem patrimônio sob suspeita. De 30 cabeças de gado nelore a casa em Barreirinhas, fazendas, um veiculo Land Rover e sociedade em empresas, bens de Erlânio Xavier dobrou mais do que seu sócio Weverton, nos últimos quatro anos.

O uso de capital privado em grandes valores para comprar bens e fazer transações não configura uma ação ilegal. Mas, uma evolução incomum dentro de uma realidade de crise econômica no País, pode levantar graves suspeitas quando o negócio envolve empreendimentos que eram usados por uma Orcrim (organizações criminosas) como forma de encobrir rastros de lavagem de dinheiro de um esquema de agiotagem que desviava recursos públicos de prefeituras maranhenses.

Como o senador Weverton Rocha efetuou a compra de uma rede de postos com o prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier, com capital privado?

O que chama a atenção é o crescimento dos bens de um dos sócios do negócio, especialmente nos últimos anos. De acordo com as declarações de renda prestadas por Erlanio Xavier ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o seu patrimônio mais que dobrou nos últimos anos, mas misteriosamente, cresceu de forma surpreendente apenas entre 2016 à 2020.

30 cabeças de gado nelore no valor de R$ 35 mil, era o único item do patrimônio de Xavier em 2012, quando ele quando estreou nas urnas como candidato a vice-prefeito da cidade que hoje administra.

Passados 8 anos, ao apresentar sua declaração de bens no ano passado para disputar a reeleição de prefeito, Erlanio havia aumentado seu patrimônio para pouco mais de R$ 3 milhões, e se tornado dono de casa em Barreirinhas, fazendas espalhadas pelo interior do estado, um veículo Land Rover, sociedade em empresas, aplicações bancárias e investimentos.

Curioso é que apesar de ter sido constituída em 2019, os postos Petro São Francisco Ltda e Petro São José Ltda, foram ocultados por Erlanio na declaração enviada à Justiça Eleitoral em 2020.

O salário de prefeito não chega a R$ 10 mil mensaisbrutos. O inexplicável crescimento patrimonial, entretanto, pode ser a ponta de iceberg de um escândalo sem precedentes prestes a estourar. Só para se ter ideia, hoje, o prefeito da pequena cidade de Igarapé Grande é mais rico que seu próprio sócio, senador Weverton Rocha que possui um patrimôniozinho declarado de pouco mais de R$ 2 milhões, quase R$ 1 milhão a menos que o afilhado politico.

A compra de postos de combustíveis que, segundo a força-tarefa da Operação Jenga, pertenciam, de fato, ao agiota Josival Cavalcante da Silva — o Pacovan, foi revelada, por blogs do estado

Além de Erlanio e Weverton, a contadora Cyntia Vanessa Muniz, assessora contábil da Prefeitura de Igarapé Grande, também era sócia dos pedetistas no empreendimento. Os dois primeiros, inclusive, também são parceiros na empresa Jota Comunicação Ltda.


O compadre

Advogado que pagou suborno ao Ministério Público foi destaque na VEJA

Em reportagem especial da Revista Veja publicada em (09/05/2021), revelou que o advogado brasiliense Willer Tomaz de Souza é um dos principais “operadores” de Brasília na atualidade.

Numa matéria especial assinada por três jornalistas e intitulada “O ‘palácio’ de Planaltina onde são tomadas grandes decisões da República”, a Veja disse que neste cenário bucólico, a 75km do Palácio do Planalto, em meio a festas animadas e gente importante, questões sensíveis entravam em pauta.

No Maranhão, o político mais próximo de Willer Tomaz é o pedetista Weverton Rocha, de quem é compadre. Para se ter uma ideia do grau de aproximação do senador e o advogado, em novembro de 2017, Rocha revelou que é padrinho do caçula de Tomaz.

Além do meio jurídico/político, Willer lançou-se também no mundo dos negócios e como empresário de mídia, ele arrendou diversas rádios que pertencem ao ex-vice-governador do DF Paulo Octávio e outros estados. E além da investida em Brasília, Willer também expandiu sua atuação no ramo das comunicações no Maranhão ao arrendar da família do ex-senador Edson Lobão o Sistema Difusora no Maranhão, que reúne TV e rádio na capital São Luís, além de emissoras pelo interior.

E é exatamente a Difusora que o senador Weverton usa politicamente para seus interesses politiqueiros e pessoais.

ACOMPANHE A ÍNTEGRA DA REPORTAGEM DA REVISTA VEJA SOBRE O ADVOGADO WILLER TOMAZ DE SOUZA


Fonte: Atual7/Entrelinhas/antoniomartins/domingoscosta