terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Bancos passam a aderir serviços de fintechs e podem ser vistos como concorrentes e Caixa cogita a abertura de um banco digital para 2021

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A pretensão dos grandes bancos de varejo inclui 'conquistar' aquele grupo de desbancarizados.

Assim como as fintechs já fazem, os bancos também passam a trilhar novos passos em busca de financiamento por meio de tecnologia. O primeiro deles foi tomado com a migração para o digital, com a Bitz, carteira digital lançada recentemente pelo Bradesco. Além desta, um outro divisor de águas para o varejo bancário foi a entrada do BTG Pactual.

Roberto Sallouti, CEO da BTG declarou que é um momento histórico, desde meados dos anos 90 que se discutia se o Pactual entraria no varejo e finalmente esse momento chegou. Desde o ano de 2018 a tão esperada estreia já era aguardada e ensaiada pela equipe do BTG Pactual Digital.

Fintechs x bancos

A ideia é que a opção de banking se consolide com a união de fintechs, bancos e corretoras, mas cada um com seu papel. A chegada da BTG ao segmento é um negócio ameaçador para a XP, por exemplo, que pretende lançar seu serviço bancário aos clientes da corretora, serão oferecidos serviços de conta digital e pagamentos no quatro trimestre.

A pretensão dos grandes bancos de varejo inclui ‘conquistar’ aquele grupo de desbancarizados. A ideia é atrair um público mais amplo em troca de serviços virtuais. O que tem chegado ao mercado como novidade são contas digitais sem tarifas, com movimentação por meio de aplicativo. Já o Bradesco se superou e seguiu a linha de criação de fintechs, como o banco digital Next e Bitz.

Na corrida contra o tempo e em busca de desbancar a concorrência, o BTG vem buscando ser mais ágil quanto às suas plataformas. Com o mesmo método do XP, que será lançado brevemente, o cartão oferecido pela BTG+ conta com um benefício de fidelização semelhante ao da XP.

Invest+ e Investback

A novidade se trata do Invest+, nome dado pela BTG que faz referência a um “cashback” de investimentos. Será retornado todo e qualquer percentual dos gastos com o plásticos ao fundo asset, que é gerido pelo grupo. A XP nomeou o benefício de Investback.

Apesar de ter citado esse “sonho”, ainda não há uma meta de crescimento, porque a plataforma acaba de ser lançada. Mas, para ele, a plataforma já está pronta para atender “milhões de clientes”, finaliza Sallouti.


Caixa cogita a abertura de um banco digital para 2021


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Serão ofertados pagamentos de benefícios sociais; liberação de microcrédito e crédito 
imobiliário para famílias baixa renda.

Usando o gancho de resultados extraídos da Caixa no terceiro trimestre, na quarta-feira (25), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, apresentou a nova proposta para o ano de 2021, sua pretensão é criar um banco digital, que será separado da Caixa e passará por processo de abertura de capital (venda de ações) no Brasil e exterior.

Para que o processo chegue a sua etapa final, ainda é necessário a aprovação do Banco Central e do Conselho de Administração da Caixa. De acordo com Guimarães, a discussão entre eles está sendo internamente. Há um consenso que esse é um ponto chave para o futuro da Caixa Econômica Federal. Já há uma conversa inicial no conselho de administração e algumas conversas no Banco Central.

105 contas digitais iniciais

O prazo que estipulado pelo presidente para ter a aprovação e lançar o banco digital é de seis meses. Para ele, a nova instituição, que já tem 100 funcionários, contará no começo da operação com 105 de contas digitais abertas pela Caixa.

O presidente também destacou os principais serviços que devem ser ofertados, que são: pagamentos de benefícios sociais; liberação de microcrédito para no, mínimo, 10 milhões de clientes; e crédito imobiliário para famílias de baixa renda. No financiamento habitacional de baixa renda, são mais de 5 milhões de clientes que terão o uso do aplicativo Caixa Tem para pagar boletos, contas.

Fonte: saoluisdofuturo