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Foto: Reprodução |
O "Big casa" contempla as bandeiras Big, BomPreço, Big BomPreço, Nacional, Mercadorama, MaxxAtacado e Sam's Club.
Com o forte apelo tecnológico e a praticidade de comprar online e receber o pedido sem sair de casa, diversas empresas preferem focar no comércio online, como era o caso do Grupo Big, antes controlada pelo fundo americano Advent e, à época, ainda usuário da bandeira Walmart. Mas em busca de explorar outros lugares do mercado, resolveu trilhar caminhos contrários às outras redes de supermercado e anunciou a saída do comércio online.
Do comércio online à loja física
Logo que tomada a decisão de partir para a loja física, a pandemia causada pelo novo coronavírus se espalhou por todo o mundo, o que precisou frear os planos do grupo do Big e o manter por mais um tempo no mercado online, do qual havia confirmado saída ano passado. A intenção da rede era reerguer a companhia e centrar esforços nas lojas físicas. Fabiano Sant’Ana, diretor executivo do grupo relatou que estão finalizando um plano de doze meses em três meses.
Recém chegado à equipe, Fabiano precisou correr contra tempo e encontrar um plano B para reinserir a empresa no varejo online. O grupo Big é composto por 400 lojas e, 200 delas, voltarão a compor o mercado do comércio online até o final do mês de maio. Atualmente, são 75 lojas físicas ligadas ao comércio online.
Pandemia e a necessidade de voltar para o varejo online
Retornando às vendas onlines, o processo inicial e emergencial se baseou em criar novos planos e encaixá-los no momento pelo qual o mundo passa, reduzir o contato e aproximação social. O Big, que criou o “Big em casa”, projetou dois tipos de serviços; delivery e um drive-thru e contempla as bandeiras Big, BomPreço, Big BomPreço, Nacional, Mercadorama, MaxxAtacado e Sam’s Club.
Quanto a fechar parcerias com outras grandes empresas reconhecidas no mercado, Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), revelou que a companhia pensou nisso como estratégia para de entrega para acelerar a venda. Para ele, o Big foi para o comércio online num modelo de contingência pois, ao se acoplar a plataformas de terceiros, em poucos dias a empresa sai vendendo. Essa foi a estratégia.
Benefícios do drive-thru
Por esse lado, o executivo vê benefícios que podem ser aproveitados bem nesse momento, com o drive-thru, por exemplo, não é preciso sair do carro, pois um funcionário coloca as compras no porta-malas e o cliente finaliza o pagamento, sem custos extras. Esse fluxo inteiro, de entrada no estacionamento até a saída com o carro carregado, demora quatro minutos, ressalta.
A loja do Pacaembu, na zona Oeste da capital paulista já pretende iniciar o serviço de drive-thru a partir desse mês. Recife e Salvador, nas próximas semanas, iniciarão o funcionamento do mesmo sistema em até 17 lojas. Sant’Ana diz que estão se concentrando no Nordeste por conta das cidades que já estão em ‘lockdown’ ou risco de entrar em isolamento total.
Drive-thru em cidades mais afetadas pelo coronavírus
Outras localidades que irão contar com o drive-thru do Big são cidades do Maranhão, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, regiões onde a orientação era redobrar o isolamento devido estado crítico que passam esses locais.
O processo para investimentos no projeto online estão a todo vapor, mas ainda são cifras pequenas. O que mais contou foi a rapidez para virar a chave. Para isso, foi feito um mutirão com equipes de outras áreas da companhia que estavam com baixo volume de serviço por conta da pandemia, como a de projetos estratégicos, por exemplo, conclui o executivo.
Fonte: saoluisdofuturo