quinta-feira, 16 de abril de 2020

Medicamento será testado em 500 pacientes em busca de vencer o Covid-19

Imagem: Reprodução
Os testes passarão a ser realizados nas próximas semanas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

Desde que chegou ao Brasil, a Covid-19 vem movimentando diversos cientistas na procura de uma cura para o vírus, até o momento, a cloroquina seria uma esperança para os infectados, mas seus efeitos colaterais podem trazer consequências ainda não descoberta pela ciência.

Mas outro medicamento está sendo testado, com alta probabilidade de conseguir amenizar ou resolver o problema sanitário. A informação foi passada por Marcos Pontes, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na quarta-feira (15).

500 pacientes serão testados

Mas, essa solução está mais próxima que se espera, a novidade é um medicamento que está sob análise porém, para não causar desespero e evitar corridas às farmácias, ele continuará em sigilo.

O medicamento será testado em 500 pacientes e é esperada eficácia de 94% em células infectadas pelo novo coronavírus. O passo tomado após o inicio dos testes é aguardar o prazo de 30 dias acompanhando respostas dos pacientes testados.

Não é recente a busca por uma tratamento, remédio ou vacina contra o coronavírus, mas sabe-se que tudo isso leva um tempo que, agora, não seria a melhor opção com o número de mortes aumentando a cada dia. Não é recente a busca por uma tratamento, remédio ou vacina contra o coronavírus, mas sabe-se que tudo isso leva um tempo que, agora, não seria a melhor opção com o número de mortes aumentando a cada dia.

O ministro falou sobre vacinas e disse que demoram mais do que reposicionamento de drogas, mas estão trabalhando com vacina dupla, tanto para influenza quanto a Covid. Só a ciência pode combater o vírus. Com essa “carta na manga”, pode ser que até metade de maio a solução de um tratamento, com remédio disponível inclusive em formulação pediátrica.

São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

Os hospitais que iniciarão os testes serão de três locais do Brasil, a priori, são eles: São Paulo (1); Rio de Janeiro (5) e Brasília (1). Os pacientes testados ficarão em observação por 14 dias, sendo eles 5 para receberem doses diárias do medicamento e mais 9 dias em observação.

Pontes ressaltou que em 14 dias, poderão ver se os efeitos em pacientes serão os mesmos já comprovados em células infectadas. Receberá o medicamento aquele paciente infectado que está internado, com isso, é possível acompanhar os sintomas e carga viral.

O ministro evitou revelar o nome do medicamento pela repercussão causada após divulgação da cloroquina, segundo ele, a Anvisa poderia fazer o que fez com a cloroquina e permitir a venda apenas com receita especial. Não dá para dizer que tem eficácia 94% sem ensaio clínico.

Turma do “pé atrás”

Em meio a um fio de esperança, existem aqueles que não acreditam em uma ação milagrosa vindas de medicamentos, que é caso do professor José David Urbaez, diretor científico da SBI do Distrito Federal, para ele, o anúncio do MCTIC é uma irresponsabilidade, é uma construção diabólica para justificar uma medida que vai matar muita gente, que é afrouxar o isolamento. No Brasil, se o vírus se propagar, haverá colapso sanitário e funerário. Não vai ter como voltar atrás.

Em sua defesa, o MCTIC afirma ter realizado testes utilizando medicamentos que já são comercializados em farmácias para verificar se existe algum capaz de combater a doença. A estratégia chamada de reposicionamento de fármacos é adotada por uma força tarefa formada por 40 cientistas do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do ministério.

Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

Na última terça-feira (14), a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizou as primeiras etapas de teste do medicamento estudado. Nas próximas semanas os pacientes infectados que estão internados passarão a receber o medicamento.

Fonte: saoluisdofuturo