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Segundo pesquisa, 35% dos millennials compartilham senhas com amigos, o que causa um rombo de cerca de US$ 155 milhões
A Netflix calcula que perde 135 milhões de dólares (quase R$ 550 milhões) todo mês com os usuários que dividem a mesma conta – e, portanto, pagam apenas por uma assinatura. Por isso, a plataforma estuda uma maneira de limitar o compartilhamento de senhas.
O uso de um mesmo login múltiplas vezes é visto como um entrave para o crescimento da base de assinantes da plataforma. Greg Peters, diretor de produto da Netflix, disse que a companhia monitora esse tipo de uso, mas que ainda não tem grandes planos para anunciar sobre o tema.
Segundo a empresa de pesquisas Magid, 35% dos millennials, nascidos nas décadas 1980 e 1990, compartilham as senhas de suas contas na Netflix com outras pessoas. O comportamento é diferente com o público mais velho. 19% da geração X compartilha senhas, enquanto apenas 13% dos baby boomers apresentam esse comportamento.
A empresa explica que os planos que permitem que diferentes usuários acessem a Netflix ao mesmo tempo foram pensados para os que vivem na mesma casa. No entanto, a plataforma começou a perder dinheiro quando muitas pessoas passaram a dividir login e senha com pessoas de fora.
A dificuldade de combater o problema está na forma de diferenciar quando um novo login é realizado pelo dono da conta em um dispositivo ou localidade diferente ou quando é feito por um amigo que pegou a senha emprestada. A empresa investiga, portanto, uma maneira de rastrear contas fraudulentas sem interferir no uso legítimo da assinatura.
Atualmente, a Netflix permite criar vários perfis em uma mesma conta, desde que eles sejam usados por pessoas que residam no mesmo lugar. A única limitação existente tem a ver com a quantidade de telas com reprodução simultânea. Vale destacar que os termos de uso da Netflix não permitem que os assinantes compartilhem o serviço com usuários que não vivem na mesma residência.
Mesmo com os reajustes de preços que a Netflix fez em seus planos neste ano, a consultoria americana eMarketer prevê que a companhia continuará a aumentar sua audiência na América Latina. Com 70,1 milhões de usuários em 2019, a consultoria prevê crescimento de 11,9% em 2020, passando para 76,8 milhões. Em 2023, o número deve chegar a 88,2 milhões na região.
Fonte: saoluisdofuturo