quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Homenagem aos 75 anos do meu estimado pai, Leonardo Monteiro

Léo Monteiro - Foto: Arquivo Pessoal
Hoje, ele completaria 75 anos de vida, nascido em 1944 aos 23 dias do mês de outubro na pequena cidade de Rosário, chegou ao mundo, José Leonardo Magalhães Monteiro.

Foi de lá que veio para São Luís com a família, onde estabeleceram residência no bairro do Monte Castelo, como tinha orgulho de dizer, começou a sua vida estudantil em escola pública e terminou a sua graduação em jornalismo na primeira turma formada pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

Iniciou a sua trajetória profissional como menor aprendiz aos 12 anos, ganhando meio salário mínimo. Com uma infância muito humilde e cheia de dificuldades, galgou a sua carreira jornalística como repórter no grupo Gráfica Escolar, proprietária do jornal O Estado do Maranhão e da TV Mirante, onde trabalhou por mais de trinta anos.

Atuou por mais de vinte anos como sindicalista onde exerceu a presidência do Sindicato Maranhense com mandatos consecutivos, de 1992 a 2013, só interrompendo seu último exercício, ainda em vigor, por ocasião de sua grave condição de saúde. Até então, esteve a frente daquela honrosa entidade, defensora da categoria, juntamente com outras renomadas figuras do jornalismo maranhense.



I Turma de Jornalismo da UFMA - Foto: Arquivo Pessoal

Sindicato dos Jornalistas de São Luís do Maranhão - Foto: Arquivo Pessoal


Sindicato dos Jornalistas de São Luís do Maranhão - Foto: Arquivo Pessoal

Também, foi Juíz Classista do Trabalho, oportunidade em que demonstrou o seu exímio domínio da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), bem como era hábil negociador em suas reivindicações em defesa dos direitos da categoria junto aos veículos de comunicação, jornais, rádios e TV’s. Nos anos 90 trabalhou na  gestão do então governador João Alberto, onde exerceu o cargo de Secretário de Estado de Trabalho.

Nos anos de 2002 a 2006, ingressou, já na casa dos 50 anos, na faculdade de Direito do UNICEUMA, oportunidade em que concretizou um antigo sonho, formar-se como bacharel em direito, sua segunda paixão depois do jornalismo e um antigo projeto que não pode concretizar na juventude.

Teve dois casamentos, onde o segundo se deu com a minha querida mãe e grande amor de sua vida, como ele mesmo gostava de dizer, "minha Maria", relacionamento que manteve por mais de 40 anos de vida.


Eu, minha mãe ao fundo e meu pai com o meu filho Lucas,
em uma de suas visitas - Foto: Arquivo Pessoal 

Desse relacionamento nasceram quatro filhos, dois homens e duas mulheres, Eu, meus irmãos Marcio, Luzianne e Rachel.

Hoje, resta prestar esta homenagem a ele, meu pai, figura de grandes paixões, polêmicas e lutas.


Leonardo e amigos - Foto: Arquivo Pessoal

Sua última luta aliás, se deu contra um agressivo câncer que durante seis meses, já em fase terminal, o levou de nosso convívio, aos 25 dias do mês de maio de 2013, com 69 anos de idade. Completando agora seis anos e cinco meses de sua partida.

Deixo aqui meus pesares, minhas homenagens e compartilho um pouco das minhas memórias da sua trajetória e existência.



Léo Monteiro em audiência no Senado Federal (maio de 2012), quando da
morte do jornalista Décio Sá, naquele ano. 1 ano antes de partir.
 - Foto: Arquivo Pessoal.

Para aqueles que o conheciam e aqueles que não o conheciam, fica registrado a lembrança, Leonardo Monteiro possuía um aguçado senso crítico e redigia com tiradas inconfundíveis em sua coluna semanal de quartas-feiras no Jornal, O Estado do Maranhão. 

Vale lembrar de seu famoso bordão, que acompanhava cada matéria onde ele tercia críticas aos políticos de Brasília, e que fez muita gente se informar, refletir e acima de tudo sorrir, pois como ele mesmo gostava de dizer, nada mudou na nossa “safada Brasília”, desde sua partida.


Leonardo Monteiro e o jornalista Paulo Henrique Amorim.
Foto: Arquivo Pessoal
Esteja onde estiver, tenho certeza que acompanha tudo com um olhar atento e crítico e com suas inconfundíveis análises políticas. Com certeza, você está entre os grandes do jornalismo. Até breve!


Por Daniel Braz