domingo, 29 de setembro de 2019

Designers criam máquina que faz suco e imprime copos com casca da laranja

Foto: Reprodução
A Itália produz cerca de 2 milhões de toneladas de laranja todos os anos, sendo considerada um dos maiores produtores mundiais da fruta. A maior parte destas laranjas acaba virando suco, então você já parou para pensar para onde vai esta imensa quantidade de casca, assim como outros resíduos? Uma empresa italiana acaba de criar uma máquina incrível e inovadora, que é um ótimo exemplo de desperdício zero, já que produz sucos e imprime copos com a casca.

Batizada de “Feel the Peel” – a máquina mede 3 metros de altura e comporta até 1.500 laranjas por vez. Projetada pela Carlo Ratti Associati em parceria com a empresa ENI, no momento ela está em exposição em um evento na cidade de Riminin e será apresentada em vários outros locais públicos do país. O funcionamento é simples: a máquina separa 2 metades da laranja, espreme o suco e conduz as cascas por um tubo, que vão se acumulando em um compartimento.

Foto: Divulgação

Em seguida, os resíduos são secos, moídos e misturados com ácido polilático (PLA), dando origem a um material bioplástico. Este último é aquecido e derretido, transformando-se em filamento para impressão dos copos.

Foto: Divulgação

Inovadora e essencial nos dias de hoje, o idealizador Carlo Ratti, explica o princípio da economia circular: “Tentamos mostrar a circularidade de maneira muito tangível, desenvolvendo uma máquina que nos ajuda a entender como as laranjas podem ser usadas para muito além do suco. As próximas interações podem incluir novas funções, como impressão de tecido para roupas usando cascas de laranja”.




Produção de laranja no Brasil

O Brasil é o maior produtor mundial de laranja, sendo que o estado de São Paulo responde a mais de 30% de toda a produção do país. Produzimos cerca de 17 milhões de tonaledas todos os anos, muito mais do que qualquer outro país. Isto significa que mais de 60% de todo suco de laranja consumido no planeta vem do Brasil, o que não é pouco.

Fonte: hypeness / por Gabriela Glette