quinta-feira, 29 de maio de 2025

Senado veta artistas, influenciadores e atletas em publicidade de bets

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Texto também proíbe promessas de êxito financeiro e pessoal, animações, mascotes e impõe horário para veiculação das peças.

Na quarta-feira, 28, o Senado Federal aprovou, por votação simbólica, o Projeto de Lei nº 2.985/2023, que impõe uma série de regras para campanhas publicitárias de casas de aposta online. O texto proíbe a participação de artistas, influenciadores, atletas, membros de comissões técnicas profissionais, comunicadores, autoridades ou qualquer pessoa física, mesmo como figurante na comunicação das bets, com exceção de atletas que se aposentaram há cinco anos.

O projeto de lei também proíbe que as campanhas sugiram que o usuário terá êxito financeiro, solução para desafios pessoais, garantia de retorno financeiro e uma fonte de renda extra. As bets devem veicular o alerta “Apostas causam dependência e prejuízo a você e à sua família” em todas as suas peças publicitárias.

O texto também veta o uso de animações, desenhos e mascotes e demais atributos que direcionam a comunicação ao público infantojuvenil.

Além disso, a veiculação das peças terá restrição de horário. Só será permitida a exibição de publicidade de casas de apostas na televisão, streaming, redes sociais e demais provedores de internet entre 19h30 e meia-noite. Já nas rádios, tais anúncios são permitidos entre 9h e 11h e 17h e 19h30.

No caso da transmissão de campeonatos esportivos, a publicidade de casas de aposta poderão ser exibidas apenas 15 minutos antes e depois da partida.

Estádios e arenas esportivas poderão exibir a marca das casas de aposta caso a mesma tenha naming rights do espaço ou se o evento transmitido tenha patrocínio da bet.

As empresas podem patrocinar programas de televisão, mas só é permitido a exibição de sua logomarca.

As bets que patrocinam clubes esportivos estão desautorizadas a incluir sua logomarca em uniformes destinados a atletas menores de idade. Além disso, clubes, agremiações e times esportivos não podem vender roupas com a logomarca das bets para menores de idade.

O texto já havia sido aprovado na Comissão de Esportes. Agora, ele segue para avaliação da Câmara dos Deputados. O projeto tem autoria de Carlos Portinho (PL-RJ).

Caso o projeto de lei seja aprovado, o texto prevê um tempo para que os players envolvidos se adequem à nova legislação. Emissoras de televisão, artistas, influenciadores e atletas devem adotar as medidas em três meses. Já estádios, arenas e eventos esportivos terão um ano para fazer as modificações necessárias.

A aprovação do Senado ocorre em meio a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)  das bets, que convocou influenciadores como Virgínia Fonseca e Rico Melquíades para prestar esclarecimentos sobre a publicidade das casas de aposta e seu impacto no orçamento dos brasileiros, entre outros tópicos.

Fonte: meioemensagem


Por que a DeepSeek não pode abalar o Copilot, da Microsoft

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O anúncio do chatbot público da DeepSeek, ocorrido recentemente, trouxe uma série de questões à tona – principalmente porque seus criadores disseram ter gasto apenas US$ 6 milhões no seu desenvolvimento – ao contrário do seus concorrentes, que têm investido bilhões no desenvolvimento de soluções de IA generativa.

Logo após seu lançamento, parecia que a Inteligência Artificial criada por uma empresa chinesa dominaria todo o cenário – empresas norte-americanas, como a OpenAI, perderam bilhões de dólares do dia para a noite e a liderança de mercado exercida pela dona do ChatGPT, Google e Microsoft estava ameaçada. Porém, um mês depois, vemos que o cenário é muito mais complexo do que o que se imaginava.

DeepSeek: IA pode não ser tão barata assim

A empresa de análise de semicondutores SemiAnalysis conduziu uma investigação detalhada sobre a DeepSeek e o seu modelo de funcionamento. De acordo com a empresa, o valor de US$ 6 milhões anunciado pela DeepSeek é apenas uma fração do investimento total.

Segundo o relatório da SemiAnalysis, a DeepSeek possui uma infraestrutura robusta, incluindo aproximadamente 50 mil GPUs da arquitetura Hopper da NVIDIA. Esses recursos são utilizados para treinamento de IA, pesquisa e modelagem financeira em várias localidades. O investimento total em servidores é estimado em cerca de US$ 1,6 bilhão, com custos operacionais adicionais de aproximadamente US$ 944 milhões.

Além dos investimentos em hardware, a SemiAnalysis também afirmou, em seu relatório, que a DeepSeek tem se concentrado em inovações arquitetônicas para otimizar o desempenho e a eficiência de seus modelos. Uma dessas inovações é o Multi-Head Latent Attention (MLA), introduzido no DeepSeek V2 em maio de 2024. O MLA reduz significativamente a quantidade de memória necessária para o KV Cache [mecanismo usado pela IA para processar e gerar texto] por consulta, diminuindo-a em cerca de 93,3% em comparação com os mecanismos de atenção usados pela concorrência – os processos de atenção são usados para determinar o sentido das mensagens.

Violações de segurança e censura

Em janeiro último, pesquisadores descobriram um banco de dados da DeepSeek exposto na internet, com mais de 1 milhão de registros sensíveis. Entre as informações vazadas estavam históricos de chats dos usuários, chaves de API e detalhes internos do sistema. Embora a empresa tenha corrigido rapidamente o problema, a facilidade com que o banco de dados pôde ser encontrado levanta preocupações sobre a maturidade dos protocolos de segurança da desenvolvedora chinesa.

Outro ponto diz respeito sobre a política de privacidade da DeepSeek. O texto informa os usuários sobre o envio de dados comerciais e pessoais para a China, incluindo texto ou áudio, prompts, arquivos enviados, feedback, histórico de bate-papo ou qualquer outro tipo de conteúdo enviado pelo usuário. Além disso, a IA também pode coletar informações sobre o dispositivo sendo usado, sistema operacional, e endereço IP. A questão é: o que a DeepSeek pode fazer com esses dados?

As empresas chinesas são obrigadas por lei a entregar qualquer informação ao governo chinês quando solicitado. Isso significa que qualquer empresa que opere na China, especialmente no setor de tecnologia e inteligência artificial, pode estar sujeita a regulamentações que exigem a concessão de acesso a dados, códigos-fonte e modelos de IA caso o governo considere necessário.

No caso da DeepSeek, essa obrigação levanta preocupações sobre a segurança e a privacidade dos dados, especialmente para empresas estrangeiras que possam utilizar seus serviços. Diferente de empresas ocidentais, que operam sob marcos regulatórios mais transparentes e com regras rígidas de proteção de dados, empresas chinesas frequentemente enfrentam desafios para ganhar a confiança do mercado global devido às potenciais interferências estatais. Esse fator pode limitar a adoção do DeepSeek fora da China, especialmente em mercados onde compliance e governança de dados são prioridades estratégicas, como União Europeia e Estados Unidos.

Qual é a vantagem competitiva da Microsoft?

A vantagem da Microsoft não está apenas na qualidade da sua inteligência artificial, mas na sua capacidade de criar um ecossistema interconectado, no qual a IA se torna um facilitador natural do fluxo de trabalho. O Copilot não é um assistente isolado: ele está embutido nas aplicações corporativas mais utilizadas no mundo. Isso significa que um profissional pode gerar relatórios detalhados no Excel, automatizar e-mails no Outlook, revisar documentos no Word e até melhorar a colaboração entre times no Teams — tudo com a IA da Microsoft integrada diretamente nesses sistemas.

Além disso, a Microsoft tem um diferencial essencial: confiabilidade e compliance. Empresas ao redor do mundo já utilizam seus serviços em larga escala e confiam na segurança e privacidade dos seus dados dentro da plataforma Azure. Com certificações de conformidade para diversas regulamentações internacionais, incluindo GDPR e a LGPD no Brasil, o Copilot se apresenta como uma solução que não apenas melhora a eficiência dos negócios, mas também oferece uma camada adicional de segurança e governança.

Esse é um fator crítico que diferencia o Copilot de soluções como a DeepSeek. Enquanto a DeepSeek enfrenta desafios de credibilidade devido à sua política de privacidade e à regulamentação chinesa sobre acesso a dados, a Microsoft já possui um histórico consolidado de proteção da privacidade dos usuários e empresas. Para empresas que lidam com dados sensíveis, especialmente nos setores financeiro, jurídico e de saúde, confiar em uma IA que opera dentro de um ambiente seguro e auditável não é apenas uma vantagem — é uma necessidade.

Outro ponto que reforça a posição do Copilot é o suporte contínuo e a evolução da plataforma. A Microsoft investe pesadamente em desenvolvimento, aproveitando a parceria com a OpenAI para garantir que seus modelos estejam sempre entre os mais avançados do mercado. O Copilot está em constante adaptação e aprimoramento, enquanto empresas como a DeepSeek ainda precisam provar que podem manter um ritmo sustentável de inovação, sem comprometer a experiência do usuário.

No fim das contas, o sucesso de uma IA generativa no mercado corporativo não depende apenas de sua eficiência técnica, mas também de sua capacidade de se integrar perfeitamente aos processos empresariais. A DeepSeek pode ter impressionado com seu lançamento e promessa de baixo custo, mas ainda precisa superar desafios estruturais que a Microsoft já resolveu há anos. E, nesse jogo, a confiabilidade, a segurança e a integração continuam sendo fatores decisivos para as empresas que realmente querem usar IA para impulsionar seus negócios.

Sobre a Solo Network  

Atuando desde 2002 no mercado brasileiro e atendendo mais de 6.000 clientes, a Solo Network é referência em consultoria e serviços de Segurança Digital, Soluções de Nuvem, Colaboração Corporativa, Criatividade e Engenharia. Premiada nacional e internacionalmente, possui os mais altos níveis de certificações técnicas, de governança, compliance e gestão de pessoas. 

Por Audreyn Justus, da Solo Network


Fonte: Intelligenzia Tecnologia e Marketing  / Emilia Bertolli


Inter dá vida à expressão "Tirar Leite de Pedra" em novo filme da campanha "Tem Inter pra Isso"

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Depois do sucesso do primeiro episódio, o Super App Inter, em parceria com a Talent e produção da O2 Filmes, lança o segundo filme da campanha “Tem Inter pra Isso”, considerado o mais divertido de toda a série. Intitulado “Tirando Leite de Pedra”, o novo episódio começou a ser veiculado desde segunda-feira (26/05), nas redes sociais, na TV aberta e em mídias OOH em diversas metrópoles do país.

Com duração de 45 segundos, o filme apresenta a história de um fazendeiro resiliente que, há anos, vive “tirando leite de pedra” para manter sua plantação. No entanto, os resultados já não eram tão lucrativos e ele precisava de um trator para evoluir, até que descobre o “Meu Porquinho”, solução de investimentos do Super App do Inter. A campanha segue apostando na escuta ativa das redes e no bom humor para transformar expressões populares brasileiras em soluções financeiras acessíveis e digitais.

Produzido pela O2 Filmes, o filme traz estética surrealista, casting expressivo e direção inspirada no cinema excêntrico dos anos 2000. “Os roteiros já vieram muito ricos, abrindo espaço para a gente se divertir com a construção desses personagens peculiares. Com uma linguagem inspirada no cinema excêntrico dos anos 2000, trouxemos um casting expressivo, uma direção de arte surreal e uma narradora participativa que funciona como mais uma personagem”, explica Fernando Moreira, diretor da O2.

O filme reforça a evolução do posicionamento da marca, que passa de “Você não sabia que precisava até ser Inter” para “Tem Inter pra Isso”, traduzindo com leveza e criatividade como o Inter resolve os desafios financeiros do dia a dia dos brasileiros.

"Estamos falando diretamente com nossos mais de 37 milhões de clientes e com milhões de potenciais usuários. Esta campanha não apenas amplia nossa visibilidade, mas também demonstra na prática como um Super App pode oferecer uma vida financeira inteligente para as pessoas", comenta a Diretora de Branding do Inter, Andrea Nocciolini. 



FICHA TÉCNICA

Anunciante: Inter / Produto: Meu Porquinho, Super Extrato e Global Account

Título: Tem Inter pra Isso

Aprovação do cliente: Andrea Nocciolini, Fernanda Neder, Pedro Mendes, Pedro Sales, Emília Guimarães, Natália Boaventura, Fernanda Rodrigues, Fernanda Di Buono, Luísa Galhardo e Ana Luísa Brandão.

Agência: Talent  / CEO: Lica Bueno


Sobre o Inter

O Inter é um Super App financeiro que oferece produtos para vários momentos: como pagar contas, poupar, investir, fazer compras, cuidar da saúde e viajar. Seus mais de 36 milhões de clientes contam com um ecossistema completo de serviços criados para que todos possam ter uma vida financeira inteligente. O Inter atua nas frentes de banking, investimentos, crédito, seguros e remessas internacionais, além contar com um programa próprio de pontos, o Inter Loop, e um shopping que reúne os melhores varejistas do Brasil e dos Estados Unidos. A empresa tem índice de eficiência de 50,1%, carteira de crédito bruta de R$41,2 bilhões, patrimônio líquido de R$9,1 bilhões e ativos totais de R$76,4 bilhões. (dados do 4T24). 

Sobre a Talent

Uma das principais referências em estratégia e criatividade eficaz do mercado, a Talent acredita que “Conversa Muda Tudo”. Esse conceito permeia as relações entre a agência e seus clientes e é base de relacionamentos duradouros que fazem de diferentes marcas as mais lembradas de suas respectivas categorias – desposicionando a concorrência. Há 40 anos, quando a internet ainda era mato, a agência já criava memes e jargões publicitários representando a essência dos brasileiros. Hoje, com inovação, dados e inteligência de mercado, a Talent mantém a sua essência na entrega de serviços de comunicação completos a clientes como Claro, Coty, CCR, Ipiranga, Inter, Lactalis, Meta e Wella.

Fonte: Publicis Group / Larissa Spinola


Senado aprova restrição à publicidade de bets

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O Senado aprovou na quarta-feira (28) restrições à propaganda de apostas de quotas fixas, conhecidas como bets. Entre essas restrições está a proibição de anúncios ou ações de publicidade com atletas, artistas, comunicadores, influenciadores ou autoridades. A aprovação do texto uniu senadores do governo e da oposição, que demonstraram preocupação com o efeito dessas apostas, especialmente sobre camadas vulneráveis da população. O PL 2.985/2023 segue para a Câmara dos Deputados.

O projeto, do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), havia sido aprovado pela manhã na Comissão de Esporte (CEsp), na forma de um substitutivo (texto alternativo) do relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ). A votação final seria na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), que ainda não foi instalada. Por esse motivo, o texto foi encaminhado para o Plenário com pedido de urgência.

O projeto original alteraria a Lei 13.756, de 2018, que trata da destinação da arrecadação das bets, para proibir totalmente a divulgação desse tipo de jogo em qualquer meio de comunicação. O texto apresentado por Portinho, no entanto, retira a proibição total e insere na Lei 14.790, de 2023, que regulamenta as bets, uma série de permissões e vedações para a promoção das apostas. 

— A proposta é encontrar um caminho não de total proibição da publicidade de apostas esportivas, mas de uma regulamentação capaz de disciplinar a publicidade sobre apostas, reduzindo sobremaneira o alcance ao público jovem e às crianças, que de fato não são ou devem ser o público-alvo das bets, evitando o marketing de emboscada presente sobretudo nos estádios e arenas esportivas, mas por outro lado valorizando as propriedades publicitárias e o patrocínio — disse o senador ao ler o relatório.

Portinho lembrou que, após a lei ter regulamentado o mercado de apostas esportivas, o setor não foi capaz de se autorregulamentar com relação à publicidade. Muitas vezes, lembrou o senador, há apenas a inclusão de frases de efeito nas propagandas, lembrando para que os apostadores joguem de forma responsável. Isso, na visão do relator, não é suficiente, especialmente no caso de pessoas que sofrem com o vício em apostas.

Empobrecimento

Tanto o relator quanto o autor o texto, senador Styvenson Valentim, demonstraram preocupação com relação ao o vício em jogos, que virou uma questão de saúde pública, e ao fato de as apostas tirarem dinheiro até das camadas mais vulneráveis da população.

— Tem pessoas se degradando, perdendo patrimônio, ficando doentes psicologicamente, sendo vítimas até de suicídio ou de cobranças de agiotas. São pessoas que acreditam que vão criar um patrimônio, ficar ricos jogando porque têm a triste ilusão de um influencer ou de uma pessoa que mente para elas nas redes sociais ou na TV, numa propaganda dizendo — com carro importado, com relógio caro, muito bem vestida — que as pessoas vão ter aquele mesmo padrão de vida jogando nas bets — lamentou o autor, que elogiou o equilíbrio do relatório.

Pesquisa do Instituto DataSenado feita em 2024 projetou que 13% dos brasileiros com 16 anos ou mais — o equivalente a 22,13 milhões de pessoas — haviam participado de apostas nos 30 dias anteriores ao levantamento. De acordo com o Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento a maior parte dos apostadores (52%) recebe até dois salários-mínimos por mês.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), autor de outro projeto para restringir ainda mais a publicidade de bets (PL 3.405/2023), disse que, apesar de ser contra qualquer tipo de propaganda, não poderia deixar de votar a favor do substitutivo. Para ele, o relator conseguiu construir um texto aceito pela quase totalidade dos senadores e que, apesar de não resolver o problema, pode reduzir o impacto desse tipo de propaganda sobre a população.

— Os números estão aí, números de vários setores, inclusive da Confederação Nacional do Comércio: endividamento em massa do Brasil. (...) Você tira da produção, tira de emprego e joga para magnata. (...) A questão da produtividade se perdeu no meio do caminho, a produtividade do brasileiro, que, para sustentar o vício, tem que pedir demissão, tem que pedir férias para pegar o dinheiro para pagar aos agiotas — disse Girão.

A senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da Comissão de Esporte, disse que o substitutivo foi construído com bom senso. Para ela, as restrições são necessárias, já que o setor, em vez de se autorregular, fez “manobras” para disseminar ainda mais a publicidade das bets.

— A gente viu essa disseminação em massa de publicidade de bets, que não trouxe absolutamente nada... aliás, trouxe muita gente com problemas de vício, índices de suicídio. A gente não pode culpar o setor, mas temos que fazer o mea-culpa aqui dentro da Casa, porque isso poderia ter sido feito desde o primeiro momento [quando foi aprovada a regulamentação das bets].

Todas as manifestações de senadores em plenário foram pela aprovação do texto.

Futebol

Durante a discussão, autor e relator citaram a tentativa dos clubes de futebol de fazer com que a população ficasse contra o projeto. Em carta divulgada no início da semana, vários clubes demonstraram preocupação com a proibição de veiculação de placas de publicidade nos estádios e arenas, ligadas diretamente a patrocínios de clubes e emissoras. 

Portinho informou que preferiria manter o texto original, com vedação integral à propagando de casas de apostas, mas alterou o texto para buscar um entendimento e não gerar insegurança jurídica ao setor, já que a atividade já foi autorizada e regulamentada por leis anteriores.

Com isso, apesar da proibição de publicidade de bets em estádios e praças esportivas, o texto prevê exceções quando o agente operador das bets for o patrocinador oficial do evento ou detiver os direitos do nome oficial do estádio, arena, evento ou competição; e quando o agente operador das bets for patrocinador no uniforme das equipes participantes da partida ou prova em curso, limitado a um anunciante por equipe.

O que será proibido

  • veiculação de publicidade de bets durante a transmissão ao vivo do evento esportivo;
  • veiculação de cotações (odds) dinâmicas ou probabilidades atualizadas em tempo real durante a transmissão ao vivo, salvo quando exibidas exclusivamente nas próprias páginas, sites de internet ou aplicativos dos agentes operadores licenciados;
  • veiculação de publicidade em suporte impresso;
  • impulsionamento de conteúdo fora dos horários permitidos, ainda que originado dos canais oficiais dos operadores de apostas;
  • utilização, em publicidade, de imagem ou da participação de atletas, ex-atletas artistas, comunicadores, influenciadores, autoridades, membros de comissões técnicas profissionais ou qualquer pessoa física, ainda que na condição de figurante. Exceção: ex-atletas, após cinco anos de encerrada a carreira, poderão fazer publicidade de bets;
  • patrocínio, direto ou indireto, de agentes operadores de apostas de quota fixa a árbitros e demais membros da equipe de arbitragem de competições esportivas;
  • apresentação ao público de peças publicitárias que mostrem as apostas como socialmente atraentes, como forma de promoção do êxito pessoal, alternativa a emprego, solução para problemas financeiros, fonte de renda adicional, forma de investimento financeiro, garantia ou promessa de retorno financeiro;
  • uso de animações, desenhos, mascotes, personagens ou quaisquer recursos audiovisuais, inclusive gerados por inteligência artificial, dirigidos ao público infanto-juvenil de forma direta ou subliminar;
  • promoção de programas e ações de comunicação que ensinem ou estimulem de forma direta ou subliminar a prática de jogos de apostas;
  • envio de mensagens, chamadas, correspondências, notificações por aplicativos ou quaisquer outras formas de comunicação sem o consentimento prévio, livre, informado e expresso do destinatário;
  • veiculação de publicidade de teor sexista, misógino ou discriminatório, inclusive a objetificação do corpo humano ou a associação de apostas a estereótipos de gênero;
  • publicidade estática ou eletrônica de apostas de quota fixa em estádio e praças esportivas, com as exceções incluídas por Portinho no caso de patrocinador do evento, detentor de direitos do estádio ou quando a bet for patrocinadora no uniforme das equipes.

 O que será permitido

  • veiculação de publicidade em televisão aberta e por assinatura, streaming, redes sociais e internet no período entre 19h30 e 24h.
  • veiculação de publicidade em rádio em dois períodos: das 9h às 11h e das 17h às 19h30.
  • veiculação de publicidade em transmissão de eventos esportivos ao vivo nos 15 minutos anteriores ao início da partida e nos 15 minutos posteriores ao final da partida.
  • veiculação de publicidade, em qualquer horário, em sites, páginas ou aplicativos de titularidade dos patrocinados por operadores de apostas de quota fixa, cujo acesso dependa de ato voluntário do usuário.
  • exibição da marca dos patrocinadores e agentes operadores das apostas nas chamadas destinadas a anunciar a transmissão de eventos esportivos veiculadas das 21h às 6h, desde que não contenham convite, incentivo ou promessa de ganhos relacionados às apostas; não façam referência a probabilidades, cotações ou bônus promocionais; e observem a classificação indicativa;
  • veiculação de publicidade de apostas em plataformas de redes sociais ou em outras aplicações de internet para usuários autenticados que sejam comprovadamente maiores de 18 anos.
  • Nesse último caso, a proposta do relator assegura ao usuário da plataforma ou serviço digital o direito de desabilitar facilmente o recebimento de conteúdos de comunicação, publicidade e marketing relacionados às bets, por meio das configurações.

Mudanças

Durante a tramitação da matéria na CEsp, Portinho decidiu acatar parcialmente quatro emendas, uma do senador Romário (PL-RJ) e três do senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Uma das emendas apresentadas por Girão sugeria a proibição da participação de ex-atletas na promoção de publicidade dos jogos. A emenda da foi aceita, mas Portinho incluiu no texto uma exceção sugerida pelo senador Romário: a possibilidade de participação de ex-atletas com carreiras encerradas há, no mínimo, cinco anos.

Frase de desestímulo

De acordo com o texto, as peças publicitárias deverão exibir avisos de desestímulo ao jogo e de advertência sobre seus malefícios, de forma clara e ostensiva, contendo obrigatoriamente a frase: “Apostas causam dependência e prejuízos a você e à sua família”. A frase, de acordo com Portinho, foi escolhida durante as audiências públicas sobre o projeto.

Para o relator, a eficácia de medidas restritivas à publicidade como instrumento de proteção à saúde pública encontra respaldo em evidências concretas. Ele citou o caso da política antitabagista adotada no Brasil, que resultou em redução de cerca de 40% no número de fumantes após a adoção de medidas como a proibição da propaganda de cigarros.

Patrocínio

Atualmente, a lei veda ao agente operador adquirir, licenciar ou financiar a aquisição de direitos de eventos desportivos realizados no país. O texto de Portinho, no entanto, admite que agentes operadores das bets patrocinem equipes esportivas, com a aposição de suas marcas nos uniformes, equipamentos e material de campo das equipes. A vedação permanece para a aplicação em uniformes de atletas menores de 18 anos.

A venda de uniforme de agremiações ou equipes esportivas patrocinadas por agentes operadores, quando destinada ao público infanto-juvenil ou ofertada em tamanhos infantis, não poderá conter a marca, logomarca ou qualquer outro elemento identificador do patrocinador.

O patrocínio a eventos e programas esportivos, culturais ou jornalísticos, inclusive aqueles transmitidos por rádio, televisão ou plataformas digitais, poderá ocorrer sem restrição de horário, mediante simples exposição da marca, logomarca ou outro elemento identificador do patrocinador, sendo proibida a inserção de mensagens publicitárias além daquelas estritamente necessárias à identificação do patrocínio.

Além disso, o relatório autoriza as bets a valer-se de lei de incentivo fiscal e fazer uso de projetos incentivados nas esferas federal, estadual, municipal ou distrital para o patrocínio de eventos esportivos ou culturais.

Responsabilidade solidária

Pela lei atual, empresas divulgadoras de publicidade ou de propaganda, entre eles os provedores de aplicação de internet, deverão excluir campanhas irregulares após notificação do Ministério da Fazenda. Ainda segundo a lei, cabe às empresas provedoras de conexão à internet e de aplicações de internet bloquear os sites eletrônicos ou excluir aplicativos que ofertem bets em desacordo com as regras após notificação.

O texto aprovado acrescenta que o descumprimento dessas determinações pela plataforma digital, empresa divulgadora ou provedor de aplicação de internet implicará responsabilidade solidária pelo conteúdo veiculado.

Fonte: Agência Senado


Motta: governo tem dez dias para apresentar alternativa ao aumento do IOF


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Deputados querem votar projeto para derrubar a alta do imposto; ministro da Fazenda defende o aumento para equilibrar as contas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a equipe econômica do governo tem dez dias para apresentar um plano alternativo para o aumento o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ocorrido na semana passada.

Ontem, Motta se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e líderes partidários das duas Casas para debater o aumento do imposto.

O plano alternativo terá que ser “algo duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, afirmou o presidente da Câmara, por meio de suas redes sociais.

Entenda

Na semana passada, o governo anunciou a alta do IOF para aumentar a arrecadação federal e reduzir distorções entre modalidades de investimento. A alta do tributo para os investimentos no exterior acabou revogada, após uma forte reação dos mercados.

Deputados de diferentes partidos criticaram o aumento e apresentaram 18 projetos de decreto legislativo para derrubar completamente o aumento do IOF. Nesta quinta-feira (29), os líderes reúnem-se com Motta para decidir se os projetos serão pautados para a próxima semana.

Motta avisou ao ministro da Fazenda que o clima entre os deputados é de insatisfação geral com a proposta de aumento de impostos. "Relatei que o clima é para a derrubada do decreto do IOF na Câmara”, acrescentou o presidente, em post nas redes sociais.

Haddad reconheceu a preocupação dos parlamentares e destacou que alternativas estão sendo discutidas. “É absolutamente possível pensar em uma agenda estruturante que tenha pertinência. Ficamos de nos reunir depois da semana que vem porque interessa ao governo essa discussão”, afirmou o ministro ontem à noite, ao deixar a reunião.

Impactos

Haddad alertou que a derrubada do aumento do IOF terá um forte impacto no orçamento e será preciso aumentar o contingenciamento de recursos para equilibrar as contas.

"[Se o aumento for derrubado] Nós ficaríamos em um patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública, do Estado brasileiro", afirmou.


Fonte: Agência Câmara de Notícias



OFICIAL! Laudo comprova ofensas do agressor, FELIPE CAMARÃO, a HONRA de 'Mical Damasceno' em mensagens de WHATSAPP, blogueiro estaria recebendo 'AMEAÇAS DE MORTE'

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O laudo da perícia policial sobre as mensagens via Whatsapp entre João Victor Santos Paes Landim e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), ficou pronto na segunda-feira (26). O resultado confirmou a veracidade da conversa que Camarão manteve com Landim.

Nas mensagens, o vice-governador fala palavras de baixo calão sobre a deputada estadual Mical Damasceno, que foi vitima de declarações ofensivas e sexistas (ato de discriminação e objetificação sexual).

No depoimento à polícia, Victor Landim diz que Felipe Camarão fez uma ligação chorando e pedindo para que fosse retirado a publicação do site em que expõe a troca de mensagens entre eles (reveja aqui).

Agora a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão, comandada pela deputada Dra. Vivianne (PDT), deverá pedir à polícia o resultado da perícia para se pronunciar sobre o ato do vice-governador.

Ainda na segunda (26), a deputada Mical, se pronunciou na tribuna ao que pareceu ser, uma provocação do vice-governador:

Sem citar nomes, a parlamentar publicou nas redes sociais: “pode ter doutorado, pós, mil títulos, mas se lhe faltar caráter, todo esse currículo não passa de enfeite. Caráter não se comprova com diploma, mas com atitudes”.

Mical finalizou o texto dizendo que “mais cedo ou mais tarde, o disfarce cai. Sempre cai”. A alfinetada da deputada vem um dia após Felipe Camarão postar algumas nomeações da experiência profissional que teve antes de se tornar vice-governador do Maranhão.

“Neste fim de domingo, ao som de Jorge Aragão ‘respeitem quem pode chegar onde a gente chegou'”, citou Felipe Camarão.

As farpas trocadas entre Mical e Camarão tiveram início após vazamento de uma suposta conversa entre o vice-governador e o blogueiro Victor Landim. Nas mensagens divulgadas pelo blogueiro, Camarão teria direcionado palavras de baixo calão à deputada Mical, QUE AGORA COMPROVARAM-SE VERDADEIRAS!

Após repercussão, o vice-governador negou tais declarações e afirmou que os prints da conversa eram falsos. No último dia 18, Victor Landim compareceu à sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, onde prestou depoimento e entregou seu aparelho celular para ser periciado.


Imagem: reprodução - Blog do Luís Pablo

Imagem: reprodução - Blog do Luís Pablo


Os desdobramentos:

O depoimento de João Victor Santos Paes Landim, que divulgou em seu site uma conversa que manteve via WhatsApp com o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT).

Victor Landim compareceu, no último domingo, dia 18, de forma espontânea na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, onde estava presente o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Ricardo Pinto Aragão.

Landim entregou seu aparelho celular para ser periciado e extraído todo conteúdo da conversa que teve com Camarão, que direcionou palavras de baixo calão a deputada estadual Mical Damasceno, vitima de declarações ofensivas e sexistas (ato de discriminação e objetificação sexual).

No depoimento, Victor Landim diz que; o vice-governador, em uma ligação telefônica, estava chorando e pedindo que a publicação fosse retirada do site. 

Ele também fala que Felipe Camarão, chegou a dizer; “se o declarante precisaria de algo para retirar a referida postagem”, dando a entender que fosse dinheiro.

Durante o depoimento, Landim afirma que recebeu 'ameaças de morte' de várias pessoas dizendo: “não saia na rua não, a qualquer hora vão te matar”. Ele diz ainda que; teme pela sua vida e da família, porque ameaçaram matar todos.

VEJAM O 'B.O.'

LAUDO PERICIAL


Fonte: Blog do Luís Pablo e Domingos Costa


Comentário

É simplesmente inacreditável a postura e o comportamento do vice-governador Felipe Camarão, diante dos fatos e das circunstâncias.

Ao invés de fazer a publicação de um pedido de desculpas públicas, à deputada, ele publicou em uma rede social, seu currículo profissional em tom de deboche, no último domingo (25), e ainda fez referência a uma canção, cuja letra faz menção a uma; 'exigência de respeito'.

Essa postura diante da gravidade das acusações que pesam sobre ele e das consequências que podem trazer, 'se assemelha ao comportamento psicológico; de um 'narcisista assoberbado', não que eu seja um especialista no assunto, mas é o que o comportamento e as atitudes demonstradas por ele, refletem.


Imagem: gerada por IA - narcisismo


É como se os títulos e nomeações fizessem dele, um ser superior, acima do bem e do mal e pertencente a uma 'casta superior' que esta aquém de julgamentos mundanos.

É uma completa desconexão da real gravidade, que seus 'comentários infelizes', em relação a deputada Mical Damasceno, divulgados em prints de conversas privadas com o blogueiro, representam.

Mas o mais grave de tudo isso, são as 'ameaças de morte' que o blogueiro diz ter recebido, por ter feito a referida publicação, e ter declarado isso em seu depoimento. Receberá ele, 'os mesmos direitos de proteção', de um promotor de justiça já citado aqui, ou até o de parlamentares que dispõe dessa proteção em nossa capital, providências estão sendo ou foram tomadas para garantir a integridade física do blogueiro e de sua família?

Já se passaram quatro dias da publicação e divulgação do 'laudo pericial', que atesta a veracidade da troca de mensagens entre ele, Camarão, e Victor Landim, e o teor da conversa com o referido blogueiro, e, a postura dele e de seu grupo político, continua sendo exatamente a mesma, 'negar a veracidade dos fatos' e 'tentar desviar o assunto na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão', como pudemos acompanhar nos últimos dias27 e 28.

A distinção que se deve fazer é uma só; o Filipe Camarão, figura pública, que todos acham conhecer, é um mero personagem, 'esse que vimos se pronunciar de forma estarrecedora nas mensagens', autenticadas com laudo pericial da polícia civil, é o 'verdadeiro', aquele que não é mostrado na frente das câmeras.

"Todo homem é três homens, aquele que ele pensa que é, aquele que os outros pensam que ele é, e aquele que ele realmente é!" A trindade do ser... 'Mestre Lin'.

Enfim, uma postura inaceitável do vice-governador, cometendo ato de 'violência política' e de 'gênero' e mais inaceitável ainda, de uma figura pública que pretenda ser candidato a 'Governador do Estado do Maranhão', só demostrando sua imaturidade emocional e seu despreparo político, se apoiando na conduta desastrosa de seus pares, que 'o colocaram na mesma condição da vítima', antes do laudo que atesta a veracidade das mensagens e até mesmo depois da apresentação do laudo. Lamentável!


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